Aracruz investe na formação de profissionais para enfrentar o Zika Vírus

Aracruz investe na formação de profissionais para enfrentar o Zika Vírus

Confira abaixo as informações sobre o Zika Virus

Profissionais de saúde, como os da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Aracruz e do Hospital São Camilo, estão sendo capacitados para orientar a população sobre o Zika vírus, especialmente no que diz respeito à proteção de gestantes e ao acompanhamento de crianças potencialmente afetadas pela Síndrome Congênita, uma complicação grave relacionada ao vírus.

Segundo Rosiane Scarpatt, secretária da Sesma, investir na formação e conscientização de profissionais e da comunidade é essencial para garantir respostas rápidas e eficazes, protegendo a saúde de todos, especialmente das gestantes e das crianças.

“Investir na formação dos nossos profissionais é fundamental para garantir respostas mais rápidas, humanas e eficazes diante de situações que envolvem riscos à saúde pública. A capacitação sobre a síndrome congênita é uma ação estratégica que reforça nosso compromisso com a saúde das gestantes e das nossas crianças”.

No Brasil houve uma queda de 38,5% nos casos prováveis de Zika no início de 2025 em comparação com o mesmo período de 2024. O coeficiente de incidência em 2024 foi de 4,2 casos por 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde.

Já em Aracruz, 2024, houve um aumento de 16% nos casos prováveis de Zika vírus em comparação com o mesmo período de 2023, com um total de 1.300 casos no primeiro trimestre. O Espírito Santo é o estado com a maior incidência da doença entre as unidades federativas.

Tudo o que você precisa saber sobre o Zika Vírus

O Zika Vírus é uma doença transmitida geralmente pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. A transmissão ocorre quando uma pessoa é picada pelo mosquito infectado com o vírus. O Zika foi isolado pela primeira vez em macacos na floresta Zika de Kampala, Uganda no ano 1947, daí recebendo seu nome.

Modo de transmissão:
A principal forma de transmissão, como dito, é através da picada do mosquito Aedes aegypti. Além disso, o vírus também pode ser transmitido de mãe para filho durante a gravidez, o que pode causar a Síndrome Congênita, uma condição que afeta o desenvolvimento do bebê. Neste caso o vírus afeta geralmente o sistema nervoso do feto, trazendo complicações, normalmente a microcefalia.

Sintomas da doença:
Muitas pessoas infectadas pelo Zika vírus não apresentam sintomas (assintomáticas) ou têm sintomas leves. Quando aparecem, eles podem incluir febre baixa, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, vermelhidão na pele (exantema), conjuntivite e mal-estar geral. Os sintomas geralmente duram de alguns dias a uma semana.

Tratamento:
Como não existe um antiviral específico para a doença, o cuidado é baseado no alívio dos sintomas, com repouso, hidratação adequada e uso de medicamentos para febre e dor, sempre sob orientação médica.

  • Repouso relativo, enquanto durar a febre;
  • Estímulo à ingestão de líquidos;
  • Administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre;
  • Não administração de ácido acetilsalicílico;
  • Administração de anti-histamínicos;
  • Recomendação ao paciente para que retorne imediatamente ao serviço de saúde, em casos de sensação de formigamento de membros ou alterações do nível de consciência (para investigação de SGB e de outros quadros neurológicos);
  • Diante da queixa de alteração visual, encaminhamento ao oftalmologista para avaliação e tratamento.

Modos de prevenção:
A melhor forma de evitar a doença é o controle do mosquito. Para isso, é importante eliminar focos de água parada onde os mosquitos se reproduzem, como pneus, vasos, garrafas e caixas de lixo. Além disso, usar repelentes, roupas que cubram o corpo e telas de proteção nas janelas ajuda na prevenção. A conscientização e participação da comunidade é fundamental para reduzir os riscos.

A proteção individual também é muito importante, podendo prevenir o contagio do vírus, abaixo as principais forma de se manter protegido.

  • Proteger as áreas do corpo que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
  • Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de Icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo DEET, IR3535 ou Icaridina são seguros para uso durante a gravidez, quando usados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia;
  • A utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, quando disponível, ar-condicionado.