Morte dentro do CDP de Aracruz levanta alerta sobre segurança e dignidade
A sexta-feira (31) terminou de forma trágica em Aracruz. Um detento foi encontrado morto dentro do Centro de Detenção Provisória (CDP) do município. A confirmação veio da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e deixou a cidade em alerta.
O homem foi identificado como Valcenir Crosse, de 47 anos. Ele estava preso por crime de trânsito, por dirigir sob efeito de álcool ou drogas. Segundo informações, dois outros detentos, de 19 e 27 anos, foram autuados em flagrante pelo homicídio. O caso segue sob investigação e ainda não há detalhes sobre o que realmente aconteceu dentro da cela.
Mas o episódio reacende uma discussão que precisa sair das paredes do presídio e alcançar a sociedade: como está a segurança dentro das nossas unidades prisionais?
Por trás de cada grade há alguém com uma história, com uma família. E, mesmo que a Justiça o tenha privado da liberdade, a vida ainda precisa ser respeitada. Quando um homem morre dentro de um espaço que deveria garantir sua integridade, algo está errado.
Aracruz cresce, se industrializa, ganha força econômica, mas junto com esse desenvolvimento vem o dever de olhar também para os espaços esquecidos. O sistema prisional é um deles.
Quem entra para cumprir uma pena deve ter a chance de sair diferente, e não de sair morto.
A morte de Valcenir deixa de ser apenas mais uma ocorrência policial e passa a ser um sinal de que o sistema ainda falha, e de que precisamos falar mais sobre isso. Falta estrutura, acompanhamento psicológico, humanidade. Falta presença do Estado e atenção da sociedade.
Enquanto as investigações tentam explicar o que aconteceu, o sentimento que fica é de preocupação.
Porque quando a vida se perde dentro de um espaço sob custódia, a responsabilidade é coletiva. E o silêncio diante disso também é uma forma de violência.

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