Sejus e Receita Federal unem forças em projeto de ressocialização e solidariedade
Projeto Estilo Livre transforma roupa apreendida em vestuário
A Secretaria da Justiça (Sejus) do Espírito Santo, em colaboração com a Receita Federal, lançou o projeto “Estilo Livre”, que transforma 96 toneladas de roupas apreendidas por importação ilegal em peças de vestuário prontas para doação. O material, que seria descartado, ganha uma nova destinação social e ambiental.
Trabalho Prisional e Capacitação
O projeto é realizado por 25 internas do Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC). Elas foram inseridas em frentes de trabalho na fábrica de costura da unidade após receberem capacitação profissional por meio do Curso de Costura do Senac-ES. O trabalho consiste na descaracterização das peças, removendo logomarcas e etiquetas, conforme exige a legislação para itens apreendidos e falsificados, e na aplicação da nova etiqueta “Estilo Livre.”
De acordo com Adriana Junger Lacerda, delegada da Alfândega da RFB no Porto de Vitória, para serem doadas, as peças precisam ser descaracterizadas.
“Por ser tratar de produto apreendido por importação ilegal, é necessário que as roupas sejam descaracterizadas. Logomarcas e etiquetas devem ser removidas, conforme prevê a legislação, para que sejam destinadas a pessoas em situação de vulnerabilidade. A ação ganhou um novo propósito após essa parceria, pois conseguimos envolver diversos atores em prol de várias causas sociais”, ressaltou.

Doação Beneficia Crianças em Vulnerabilidade
A primeira remessa, composta por cerca de 640 peças, foi doada a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade assistidas pelo Projeto Tons de Amoras, do Instituto Estrelar, em Vila Velha.
O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, ressaltou que a iniciativa beneficia a sociedade e as internas, que adquirem um ofício e contribuem para causas sociais.
“É uma iniciativa que beneficia quem está dentro e fora do sistema prisional, levando dignidade a quem precisa por meio de políticas públicas de ressocialização e solidariedade. As internas envolvidas no projeto receberam capacitação profissional, se orgulham do ofício adquirido e de fazer o bem, como nesta ação social e de cidadania, bem como de responsabilidade ambiental. Devido ao volume de material a ser descaracterizado, planejamos beneficiar outras entidades sociais”, pontuou Rafael Pacheco.
A delegada da Alfândega da RFB no Porto de Vitória, Adriana Junger Lacerda, destacou que a parceria evitou a destruição de todo o material apreendido no Rio de Janeiro, conferindo-lhe um novo propósito.

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