Grupo Tristão quer investir R$ 14 milhões em Aracruz
O Grupo Tristão, dono da indústria de café solúvel Realcafé, da trading de café Tristão e da Realcafé Reserva– reforçou seus investimentos em infraestrutura nos últimos anos. Em 2023, o grupo atingiu a capacidade máxima de seu sistema de tratamento de água e concluiu o investimento em três silos que somam uma capacidade de 60 mil toneladas de café. O próximo investimento projetado pela empresa é de uma nova estrutura de armazenagem 4.0, provavelmente em Aracruz.
Em 2023, o Grupo Tristão concluiu um investimento de R$ 4 milhões em um sistema de tratamento de água para uso no processo produtivo, que utiliza osmose reversa e ultrafiltração– água é o segundo insumo mais utilizado pela Realcafé, logo atrás do café. O equipamento atingiu sua capacidade máxima no segundo semestre deste ano.
O Grupo também injetou R$ 9 milhões em três silos com capacidade para 20 mil sacas de café cada um, que entraram em operação em outubro deste ano. Essas estruturas de armazenamento estão passando por testes de automação, que controlam o fluxo de grão de mecanismos eletronicamente controlados.
O próximo investimento na mira do Grupo Tristão é um armazém 4.0, inteligente e automatizado, para armazenar o produto acabado– café solúvel– que demandaria um aporte de R$ 14 milhões. Apesar de o Grupo ter sede em Viana, Aracruz se tornou favorita para receber a estrutura pela proximidade com a Grande Vitória e os incentivos fiscais da Sudene.
“Queremos construir um armazém 4.0 em Aracruz para substituir os nossos armazéns tradicionais. Estamos otimistas com a possibilidade de investir na cidade, que conta com incentivos da Sudene, uma ZPE [Zona de Processamento de Exportação] e futuramente o Porto da Imetame, mas estamos aguardando reforma tributária. Temos muitos concorrentes na cidade e com o terminal da Imetame, ela pode se tornar a principal exportadora de café solúvel do estado”, afirma Sérgio Tristão, presidente do Grupo Tristão.
Um ponto crucial para o investimento do Grupo em Aracruz é a manutenção dos incentivos fiscais da Sudene no texto da reforma tributária. O cenário base é positivo nesse sentido, mas o Grupo vai aguardar a aprovação do texto final para bater o martelo.
Neste ano, o grupo vai manter o faturamento na casa dos R$ 2 bilhões, com o recuo da Realcafé, que acompanhou a queda do preço do café, e avanço da trading Tristão, que se beneficiou com o aumento das exportações. Segundo Sérgio, 2023 foi um ano de estabilização do mercado de café após um ano “excepcional”. No ano que vem, a postura do Grupo será mais conservadora.
“Em 2022 o café atingiu o maior preço em moeda nacional da história. Nesse ano, mantivemos o volume de comercialização, mas os preços recuaram. Nesse patamar, nos tornamos competitivos para a exportação, o que impulsionou as atividades da trading. No ano que vem, adotaremos uma postura mais cautelosa frente aos riscos climáticos e cambiais”, conclui Sérgio Tristão.
Moderadora de conteúdo e responsável por otimizar a disseminação do conteúdo para os assinantes por meio de estratégias eficazes, buscando alcançar o público-alvo de forma eficiente e engajadora. Cadastre-se gratuitamente e receba notícias diretamente em seu celular. Clique Aqui