ARACRUZ E A ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA

ARACRUZ E A ELEIÇÃO DA MESA DIRETORA

UM CENÁRIO DE DISPUTA E RESPIROS POLÍTICOS

O palco está armado na Câmara Municipal de Aracruz para a disputa pela presidência da mesa diretora. De um lado, o sólido e organizado “Grupo dos 12”, que já consolidou apoio a Jean Pedrini. Do outro, uma oposição que parece estar lutando para encontrar sua identidade e conseguir, pelo menos, um lugar à mesa. Em um movimento surpreendente – ou estratégico –, o prefeito Dr. Coutinho decidiu não se envolver diretamente no processo, dando um raro “respiro” à política local, em contraste com a eleição passada, quando sua interferência deixou marcas nada positivas.

O “Grupo dos 12” não está brincando de política. Composto por Mônica, Tião, Edilson, Vilson, Dandan, Léo, Lula, Renato, Alex, Capitão, Gustavo e Dequinha, o bloco tem mostrado uma disciplina digna de aplausos. Na última sexta-feira, em uma reunião no sítio – porque, aparentemente, as articulações políticas de Aracruz precisam de um toque bucólico –, todos os membros reafirmaram apoio a Jean Pedrini.

Além do comprometimento verbal, o encontro serviu para aparar eventuais arestas internas e blindar ainda mais o grupo contra as investidas da oposição e as pressões dos famosos “caciques partidários”. E, convenhamos, diante de um cenário onde a palavra dos bastidores é que “quem tem voto não cede”, a oposição terá que trazer mais do que propostas vagas para abalar essa aliança.

A OPOSIÇÃO

Enquanto o Grupo dos 12 celebra sua união, a oposição parece navegar em águas turbulentas. Informações apontam que alguns vereadores desse bloco já estão procurando interlocutores do governo – talvez na tentativa de salvar um pouco de relevância política e garantir um espaço no trem que, ao que tudo indica, já está a caminho de Jean Pedrini.

A dificuldade da oposição em encontrar uma estratégia consistente ou, quem sabe, uma liderança forte, evidencia sua fragilidade. Para quem está do lado de fora, a impressão é de que o bloco adversário luta para sobreviver em um tabuleiro político que já parece dominado.

A POLÍTICA DO APRENDIZADO

Se na eleição passada o prefeito Dr. Coutinho se viu no centro das críticas por tentar impor um nome à presidência da Câmara, desta vez ele decidiu deixar o roteiro fluir de maneira mais natural. Embora tenha um histórico próximo a Jean Pedrini – ex-líder de governo e peça fundamental na gestão –, o prefeito optou por não interferir diretamente.

Esse movimento foi visto como uma estratégia política madura, evitando desgastes desnecessários e permitindo que Pedrini construísse sua candidatura de forma independente, o que também confere ao governo uma certa neutralidade para lidar com os dois lados após o pleito. É um clássico caso de “aprendeu com o erro passado” – ou, pelo menos, assim parece.

Faltando poucos dias para a votação, o cenário já dá sinais claros de quem será o vencedor. O Grupo dos 12, com suas articulações impenetrável, caminha para eleger Jean Pedrini como presidente da Câmara. A oposição, enquanto isso, se contenta com manobras nos bastidores que dificilmente surtirão efeito.

A política em Aracruz, como sempre, oferece um espetáculo único. Desta vez, com menos interferências externas, mais disputas internas.

Antes do fechamento dessa reportagem, nossa redação recebeu a informação de que o vereador Edilson está conversando com o grupo da vereadora Adriana Guimarães, podendo assim mudar de lado.

a trama da eleição da mesa diretora é menos sobre surpresas e mais sobre como cada personagem desempenha seu papel no jogo. E até o momento

 

Nossa redação está aberta para dialogar com os dois lados e pode ser atualizada a qualquer momento.