Assembleia no Estaleiro Jurong Pode Resultar em Greve por Reajuste Salarial

Hoje, a assembleia realizada no estaleiro Jurong teve como foco a apresentação da proposta de negociação salarial, com os trabalhadores engajados em uma negociação coletiva para reajuste salarial.

O impasse reside no descontentamento dos trabalhadores com a proposta que apenas contempla o INPC do período, resultando em significativa perda salarial.

Em meio ao período de negociação coletiva, cuja data-base é 1º de novembro, há um leve atraso nas discussões.

A rejeição da proposta levou à aprovação do edital de greve, que, segundo a legislação, concede às empresas um prazo de 48 horas para ciência da aprovação, abrindo a possibilidade iminente de greve por parte dos trabalhadores.

“Nós da Arcelor Mittal gostaríamos que piso salarial fosse instituído por razões óbvias e porque existe uma discrepância entre um nível e outro de trabalhadores do mesmo setor. O que buscamos é a equiparação salarial pelo teto“, nos disse Célio Morozeski, mecânico que esteve presente no ato.

Algumas empresas do estaleiro Jurong, buscando evitar a paralisação, procuraram o sindicato com uma proposta alternativa àquela apresentada pelo sindicato patronal. A proposta inicial não foi aprovada, mas há expectativa de uma nova oferta mais tarde.

Conversamos com Roberto Pereira, diretor do Sindimetal que esteve presente e coordenando a assembleia ao longo da manhã e este nos informou que foram realizadas assembleias no EJA com as empreiteiras, na Arcelor com as empreiteiras e na Vale na Samarco.

A intenção era apresentar a proposta para avaliação e troca de votos, sinalizando a tensão crescente nas negociações salariais.