CRM-ES Instaura Sindicância para Apurar Morte de Bebê no Hospital São Camilo em Aracruz

CRM-ES Instaura Sindicância para Apurar Morte de Bebê no Hospital São Camilo em Aracruz

CRM-ES abre sindicância para apurar a morte de um bebê no Hospital São Camilo, em Aracruz. Entenda as investigações, relatos dos pais e posicionamento do hospital. Saiba mais!

A recente morte de um bebê no Hospital São Camilo, em Aracruz, Espírito Santo, desencadeou investigações por parte do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) e da Polícia Civil. O caso, amplamente divulgado, trouxe à tona questões relacionadas à conduta médica e procedimentos hospitalares. Confira todos os detalhes deste caso impactante.

O incidente ocorreu em 28 de dezembro de 2024, quando Heitor Rossi de França, recém-nascido, morreu cerca de uma hora após o parto. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa preliminar da morte foi hemorragia intracerebral e traumatismo craniano. Os pais alegam negligência médica durante o parto.

Resumo dos Acontecimentos:

  • A gestante, Isabelly Rossi, de 18 anos, foi internada na noite de 27 de dezembro em trabalho de parto.
  • Apesar das orientações médicas prévias indicando cesariana, a equipe insistiu no parto normal.
  • O uso de um fórceps obstétrico gerou ferimentos na mãe e no bebê, conforme relatos dos pais.

 

Parte do documento em que a médica mandou corpo de bebê para o Serviço de Verificação de Óbito

 

 Posicionamento do CRM-ES: Investigação Ético-Profissional

O CRM-ES anunciou a abertura de uma sindicância para apurar os fatos. Embora não tenha recebido denúncia formal, o conselho afirmou que, devido à repercussão pública, tomará as medidas cabíveis.

Fases do Processo:

  1. Sindicância: Análise inicial do caso.
  2. Processo Ético-Profissional: Aberto caso sejam identificados indícios de infração ética.

Versão dos Pais: Relato de Dor e Desespero

Israel de França de Jesus, pai do bebê, descreveu os momentos de angústia vividos no hospital. Ele afirmou que:

  • A esposa implorou por uma cesariana, mas a equipe médica insistiu no parto normal.
  • O uso de ocitocina e um aparelho de sucção a vácuo foi realizado sem sucesso.
  • Após horas de tentativa de parto normal, foi realizada uma cesariana, mas o bebê não resistiu.

“Nós só queremos justiça pelo nosso filho,” declarou emocionado.

Conclusões do Instituto Médico Legal (IML):

  • Causas da morte: Hemorragia intracerebral e traumatismo craniano.
  • Procedimentos pós-morte: O corpo foi encaminhado para análise cadavérica, descartando cardiopatia congênita.

O Que Diz o Hospital São Camilo?

Em nota oficial, o hospital lamentou profundamente o ocorrido e defendeu a conduta médica. A instituição ressaltou:

  1. Atendimento segundo protocolos: A paciente foi monitorada e atendida conforme orientações técnicas.
  2. Uso de técnicas previstas: O fórceps foi utilizado seguindo critérios médicos estabelecidos.
  3. Apuração interna em andamento: O caso será analisado pela Comissão de Óbitos.

“Nossa prioridade é assegurar um atendimento ético, humanizado e de excelência,” afirmou o hospital.

A morte do bebê no Hospital São Camilo é um caso trágico que requer respostas claras e ações concretas para garantir justiça e evitar futuras fatalidades. As investigações em curso, tanto do CRM-ES quanto da Polícia Civil, são cruciais para esclarecer responsabilidades e restaurar a confiança no sistema de saúde.

 Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O que é uma sindicância médica?
É uma investigação interna para apurar condutas profissionais de médicos em casos de possível infração ética.

2. O uso de fórceps é seguro?
Sim, quando utilizado adequadamente. No entanto, erros técnicos podem causar complicações graves.

3. Qual o papel da Polícia Civil no caso?
A polícia investiga se houve negligência ou erro médico, com base em laudos periciais e depoimentos.

4. Quais são os próximos passos do CRM-ES?
Concluir a sindicância e decidir se será aberto um processo ético-profissional.

5. Como os pais podem buscar justiça?
Por meio de ações civis e criminais contra o hospital e os responsáveis.

6. O que acontece se for comprovada negligência médica?
Os envolvidos podem enfrentar sanções administrativas, éticas e legais.