Esporotricose avança em Aracruz e acende alerta para cuidados com gatos e humanos

Esporotricose avança em Aracruz e acende alerta para cuidados com gatos e humanos

A esporotricose, doença causada pelo fungo Sporothrix, tem avançado em Aracruz e preocupa autoridades de saúde. De janeiro a junho deste ano, o município registrou 31 casos em gatos — principais transmissores — e 30 casos em humanos. O número reforça o alerta para tutores de pets e para a comunidade.

A esporotricose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para as pessoas, principalmente por arranhões, mordidas ou contato direto com feridas de gatos contaminados. Os felinos são mais suscetíveis quando têm acesso às ruas e se envolvem em brigas, principalmente os machos não castrados.

“A doença tem tratamento, mas o abandono de animais é um dos maiores desafios. O tutor precisa manter o pet em casa, protegido e seguir o tratamento até o fim. Abandonar só piora a situação e coloca toda a comunidade em risco”, alerta Vicente Penteado, veterinário do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Aracruz.

Sintomas em gatos e humanos
Nos gatos, as lesões costumam surgir na face, orelhas e patas, podendo se espalhar para boca e olhos. Em humanos, a infecção geralmente aparece como nódulos na pele que podem evoluir para feridas de difícil cicatrização. Em casos mais graves, pode atingir órgãos internos, principalmente em pessoas com baixa imunidade.

Prevenção é fundamental
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (Semsa), reforça que o controle começa com a posse responsável. Manter os animais em casa, castrados e longe das ruas é a forma mais eficaz de prevenção.

O tratamento para os animais está disponível no CCZ. Já as pessoas com suspeita de infecção devem procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Mais informações podem ser obtidas junto ao CCZ de Aracruz.