Gengibre no Norte do Espírito Santo: Sustentabilidade e Inovação no Campo

Produtores apostam em bioinsumos para reduzir custos e aumentar a competitividade da lavoura
O cultivo de gengibre no Norte do Espírito Santo tem se destacado não apenas pela qualidade do produto, mas também pela busca por práticas agrícolas mais sustentáveis e inovadoras. Municípios como Aracruz, Linhares, Colatina, Baixo Guandu e São Gabriel da Palha vêm adotando o uso de bioinsumos — produtos biológicos que auxiliam no controle de pragas e doenças, promovendo a saúde do solo e das plantas.
O Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural) tem desempenhado um papel fundamental na disseminação do uso de bioinsumos entre os produtores da região. Iniciativas como a ampliação do uso de biodigestores no Norte do Espírito Santo e o estudo de seus bioinsumos em municípios como Linhares refletem o compromisso com práticas agrícolas sustentáveis .
Além disso, o Projeto FortAC, desenvolvido em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), resultou no registro da primeira cultivar de gengibre do Brasil, a variedade Imigrante, originária de Santa Leopoldina, município da região serrana do estado .
O Espírito Santo é o maior produtor e exportador de gengibre do Brasil, sendo responsável por 75% da produção nacional e por 57% das exportações do produto . Em 2024, a produção estadual foi estimada em 77,7 mil toneladas, com destaque para os municípios de Santa Leopoldina (31,5 mil toneladas), Santa Maria de Jetibá (26,4 mil toneladas) e Domingos Martins (16,3 mil toneladas).
Embora os principais polos produtores estejam localizados na região serrana, o Norte do Espírito Santo tem mostrado crescimento no cultivo de gengibre, com iniciativas de diversificação e adoção de tecnologias sustentáveis.
Apesar dos avanços, os produtores enfrentam desafios relacionados ao acesso a crédito, capacitação técnica e infraestrutura adequada. A implementação de práticas sustentáveis requer investimentos iniciais, o que pode ser um obstáculo para pequenos e médios agricultores.
No entanto, a busca por alternativas sustentáveis, como o uso de bioinsumos, tem se mostrado promissora, não apenas para a redução de custos, mas também para a melhoria da qualidade do produto e a abertura de novos mercados, especialmente no exterior.
O cultivo de gengibre no Norte do Espírito Santo está em ascensão, impulsionado pela adoção de práticas agrícolas sustentáveis e pela busca por inovação. Com o apoio de instituições como o Incaper e o Ifes, os produtores da região estão se preparando para enfrentar os desafios do mercado global, garantindo a qualidade e a competitividade do gengibre capixaba.

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