Live: Doutora em Educação Explora o Trabalho Colaborativo como Ferramenta de Inclusão Escolar
A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Espírito Santo (Senac-ES), promoveu na noite desta quarta-feira (24), uma live sobre o trabalho colaborativo como ferramenta de inclusão escolar. A temática, foi proferida pela Doutora em educação Ariadna Pereira Siqueira Effgen e transmitida no canal oficial da prefeitura no YouTube e destinada a professores, pedagogos e diretores da Rede Municipal de Ensino que atendem da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Antes mesmo do início da apresentação, a professora do setor de Educação Especial da Semed, Charlene Franco, deu as boas vindas aos participantes, em Libras, em alusão aos 22 anos da promulgação da Lei nº 10436/2002, que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão dos surdos. “Boa noite professores. Sejam bem-vindos a mais um encontro coletivo da nossa rede educacional”, disse.
Em seguida, a subsecretária da Semed, Marineusa Soares, destacou a importância desse segundo encontro virtual em rede. “É com muita alegria que iniciamos esse nosso segundo momento do estudo em rede, tratando da educação escolar numa perspectiva inclusiva. Nessa noite, teremos novamente a professora Ariadna, que oferecerá mais um aprofundamento para a melhoria da nossa prática educacional, um trabalho colaborativo, que é uma ferramenta essencial para apropriação ao atendimento a nossos estudantes, que têm o direito a aprender. São os profissionais que estão na escola que podem fazer a diferença na vida dessas crianças. Por isso, vamos aproveitar bem esse momento para estudarmos, e juntos, construirmos mais estratégias, descobrindo novas metodologias e trocando experiências para construirmos uma educação de melhor qualidade para todos”, destacou.
O trabalho colaborativo
Ariadna iniciou sua apresentação citando a autora Lucelia Cardoso Cavalcante, Doutora em Educação Especial, para falar do trabalho colaborativo.
“Esse trabalho aglutina um conjunto de ações evidenciadas nesta pesquisa, de que para colaborar com o professor na sala de aula é necessário estudar a literatura sobre o ensino colaborativo. Também precisamos aprender a planejar e avaliar juntos, com habilidade de fazer intervenções na prática com alunos, assumindo papéis e responsabilidades na colaboração, exigindo mobilização de conhecimentos, desenvolvendo habilidades colaborativas e promovendo aprendizados de novos conhecimentos pedagógicos de forma coletiva”, explicou.
Ainda de acordo com Ariadna, não se tem uma data exata de quando surgiu o tema “Trabalho Colaborativo”, porém, seu ensino tem sido um forte aliado para efetivação da inclusão, e em um ambiente onde a colaboração é praticada, observa-se a partilha de responsabilidades pelo sucesso de todos, esperando uma contrapartida.
A professora ainda conceituou o termo colaborar, que é diferente de ter pena de alguém.
“A colaboração estimula a autonomia, e não estar preparado não é sinônimo de inércia, mas sim o movimento de tentar aprender, e diante de qualquer problema, o educador precisa pensar nos passos para resolvê-los, com humildade, e colocando-se à disposição para aprender. A colaboração envolve interação entre duas ou mais pessoas que, voluntariamente, compartilham decisões visando uma meta comum”, disse.
Os professores, pedagogos e diretores da Rede Municipal de Ensino perceberam que dentro da constituição do trabalho colaborativo, o maior desafio é sair do “minha classe” para a “nossa classe”, e questões como a existência de um objetivo comum, equivalência entre participantes, compartilhamento de responsabilidades e recursos, voluntarismo, compromisso, apoio mutuo, respeito e flexibilidade, por exemplo, são condições para que a colaboração ocorra.
E para ilustrar esta questão, foram apresentadas fotografias do dia a dia de um trabalho na escola feito por Ariadna, tendo como primeiros parceiros de colaboração, os alunos que relatam suas vivências e experiências, além do estabelecimento de parcerias com a família. Por fim, foi apresentado em um quadro as sínteses dos estágios e componentes do ensino colaborativo, além do conceito da inclusão escola, que é a garantia de acesso e permanência na escola, com pleno desenvolvimento de todos, e valorização da diversidade com riqueza humana e cultural.
“Os resultados de estudos sobre as propostas colaborativas dependem do empenho do professor na efetivação da parceria colaborativa e no seu envolvimento com o conhecimento específico sobre determinado tema, e a escola inclusiva ainda está em processo de construção, sendo necessário escolher um espaço para acolher a diversidade de todos”, finalizou.
Fonte: Prefeitura de Aracruz
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