Morte do Papa Francisco e disputa no conclave

Morte do Papa Francisco e disputa no conclave

Cardeal afastado desafia proibição e reivindica direito de voto

O mundo católico está em luto com o falecimento do Papa Francisco, ocorrido em 21 de abril, aos 88 anos, em sua residência no Vaticano. A causa da morte foi um acidente vascular cerebral, conforme divulgado oficialmente pelo Vaticano. O funeral está marcado para sábado, 26 de abril, na Basílica de São Pedro, com a presença de líderes mundiais, incluindo Donald Trump, Javier Milei, Emmanuel Macron, Volodymyr Zelensky e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Em meio às homenagens, uma controvérsia ganha destaque: o cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, de 76 anos, destituído de suas funções em 2020 após acusações de corrupção e nepotismo, reivindica o direito de participar do conclave que elegerá o novo papa. Becciu foi condenado em 2023 a cinco anos e meio de prisão por fraude fiscal, abuso de poder e malversação de fundos, tornando-se o primeiro cardeal a ser julgado penalmente pelo Vaticano.

Apesar de ter sido afastado e não constar na lista oficial de cardeais eleitores, Becciu argumenta que ainda possui o título de cardeal e, portanto, o direito de votar no conclave. Ele alega que não houve um ato formal de exclusão do Colégio Cardinalício nem uma revogação explícita de suas prerrogativas por parte do Papa Francisco.

A situação levanta questões sobre a autoridade papal e os limites das sanções impostas a membros do alto clero. O Vaticano ainda não se pronunciou oficialmente sobre a possibilidade de Becciu participar do conclave.

Este episódio ressalta as tensões internas da Igreja Católica e os desafios que o próximo papa enfrentará para manter a unidade e a integridade da instituição.