Parceria Ufes e Secretarias forma 75 professores indígenas no ‘Saberes Indígenas na Escola’

Parceria Ufes e Secretarias forma 75 professores indígenas no ‘Saberes Indígenas na Escola’

Prefeito e lideranças comemoram conquistas do movimento indígena na qualificação de professores

 3º Encontro da Ação Saberes Indígenas na Escola rolou no último sábado (6), na Cabana Central da aldeia de Comboios, e marcou o fim da formação continuada de 2025.

O tema principal foi a “Cartografia Social”, que é mais do que só desenhar mapa. É uma ferramenta de luta e resistência para a gente, os povos originários. As professoras Marli Tupinikim e Liliane Bringmol, do curso PIINDI, fizeram a explanação sobre o assunto.

Quem Tava Lá?

Muita gente importante marcou presença, viu? O prefeito Dr. Coutinho e a Dra. Ozirlei Teresa Marcilino(coordenadora do projeto pela Ufes), além de caciques como Alair (de Comboios) e Gilmar Coutinho (Córrego do Ouro).

O encontro juntou a galera das etnias Tupiniquim, Guarani, Pataxó e Xavante.

O Que Falaram?

Dra. Ozirlei destacou a importância da parceria entre a Ufes e as secretarias de educação, que formam cerca de 75 professores indígenas.

“Hoje encerramos esta etapa de 2025 desse programa de formação de professores, coordenado por mim (Ufes) e por um representante do território, a Técnica Pedagógica Andréa Cristina, além das secretarias de educação do estado (Sedu) e de Aracruz (Semed), com as professoras Márcia e Alzenira. Contamos com cerca de 75 professores indígenas e orientadores de formação que estão conosco nessa produção de materiais pedagógicos, sendo esta, uma parte de nossa equipe vinculada à pró-reitoria de extensão da Ufes”, disse.

A técnica Andréa Cristina reforçou que o fortalecimento da educação escolar indígena (Tupiniquim e Guarani) começa e termina no território, porque é ali que a gente se fortalece e busca o saber dos ancestrais.

“É com muita alegria que estamos aqui hoje encerrando mais uma etapa desse trabalho de fortalecimento da educação escolar indígena Tupiniquim e Guarani. Começamos e terminamos dentro do território, pois é nele que a gente se fortalece e busca os conhecimentos dos nossos ancestrais, determinantes nesse processo formativo dos professores e de nossas crianças e adolescentes matriculados nas escolas indígenas”.

Andréa fez questão de lembrar que programas como Saberes Indígenas na Escola, PIINDI e Prolind são conquistas do movimento indígena e são fundamentais pra qualificar os professores.

“Gostaria de reforçar muito, que o ‘Saberes Indígenas na Escola’, a ‘Pedagogia Intercultural Indígena (PIINDI)’ e a ‘Licenciatura Intercultural Indígena (Prolind)’ são processos formativos importantes na qualificação e no fortalecimento da ação pedagógica do professor, frutos de uma conquista do movimento indígena em diálogo com as secretarias de educação e da Ufes, caso contrário não conseguiríamos implementá-los nas comunidades”, completou Andréa.

prefeito Dr. Coutinho mandou um recado de gratidão, respeito e solidariedade, lembrando da infância que passou por lá e do orgulho de ver a cultura indígena crescendo com o estudo.

“Vou resumir minha fala em três palavras, que são gratidão, respeito e solidariedade. Na minha infância vinha muito aqui com minha mãe para brincar e fazer tapioca, me considero um indígena, pois sou afrodescendente, sendo também criado nas aldeias de Pau-brasil e Comboios. Hoje, como prefeito de Aracruz, vendo esse movimento, que faz com que a cultura indígena cresça ainda mais, com todos estudando e melhorando seus conhecimentos, me deixa muito orgulhoso. Todos vocês têm meu respeito e merecem ser reconhecidos. Parabéns a todos”, destacou Coutinho.

Esse evento, que em 2025 completou 11 anos, mostra a força da união da academia com a comunidade pra botar o conhecimento e a cultura indígena pra frente!