Professor suspeito de crimes em Aracruz é preso em Minas Gerais após quase três anos foragido

Aracruz está chocada!
Depois de quase três anos foragido, um professor de 54 anos foi preso na segunda-feira (24) em Belo Horizonte, Minas Gerais, suspeito de estupro de vulnerável contra crianças em uma escola de Aracruz. A prisão aconteceu no bairro Padre Eustáquio, onde ele trabalhava na empresa do irmão.
A Polícia Civil do Espírito Santo estava no encalço do suspeito desde 2022, quando surgiram as primeiras denúncias de abuso contra alunas de 9 e 10 anos. A delegada Amanda Barbosa, responsável pelo caso, explicou que tudo começou quando duas mães procuraram a delegacia para denunciar o professor. Logo depois, uma terceira vítima apareceu e, conforme as investigações avançavam, o número subiu para cinco crianças.
“As vítimas relataram toques indevidos e outras práticas que caracterizam o crime de estupro de vulnerável. Esse tipo de crime não precisa de conjunção carnal para ser configurado, basta qualquer ato libidinoso cometido contra menores de 14 anos”, explicou a delegada.
Ela também destacou que pode haver mais vítimas, mas muitas crianças acabam não denunciando por vergonha ou medo.
Na época das denúncias, o professor chegou a ser ouvido pela polícia e prometeu colaborar. Mas quando o Ministério Público ofereceu a denúncia, ele sumiu do mapa. A Justiça decretou sua prisão preventiva, e ele foi considerado foragido.
O trabalho da polícia foi fundamental para localizá-lo em Minas Gerais. O delegado Diego Lopes, da Polícia Civil de Belo Horizonte, contou que a equipe do Espírito Santo entrou em contato com um grupo de investigação integrado em Minas.
“Assim que identificamos onde ele estava, montamos a operação e conseguimos prendê-lo no local de trabalho. Durante a abordagem, ele confirmou que ainda tinha vínculo empregatício como professor na Prefeitura de Aracruz”, explicou Lopes.
Agora, ele está preso em uma penitenciária em Ribeirão das Neves, na Grande BH, destinada a pessoas acusadas de crimes contra a dignidade sexual. A Justiça ainda vai decidir se ele será transferido para o Espírito Santo ou se continuará preso em Minas Gerais.
O que acontece agora?
Além da prisão, a Polícia Civil reforçou que o caso precisa servir de alerta para que outros abusos sejam denunciados. “As vítimas chegaram a contar para a diretora da escola na época, que levou o caso à Secretaria de Educação. É essencial que crianças e adolescentes tenham esse apoio para que crimes como esse não fiquem impunes”, disse Amanda Barbosa.
A expectativa agora é que outras possíveis vítimas, caso existam, se sintam seguras para procurar ajuda e que a Justiça siga firme para garantir que casos assim não se repitam.

Jornalista, formado em Gestão Pública e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político há mais de 15 anos.