A sessão começou como sempre, um minuto de silêncio, poucas palavras, mas essa semana doeu mais do que o normal

Quem costuma acompanhar as sessões da Câmara de Aracruz sabe que já é de praxe. sempre começa com uma nota de pesar, um minuto de silêncio que, infelizmente, já virou rotina, Mas a da última segunda doeu mais. Muito mais. Não teve como não sentir a dor no ar.
Jean Pedrini, presidente da Casa, resolveu abrir a sessão de forma diferente fora do protocolo — para prestar condolências pelo falecimento de Claudinho Carlesso, irmão do ex vereador André Carlesso.
Foi um momento daqueles que silenciam até quem nunca cala. Claudinho era desses que era um pouco irmão de todo mundo. Parceiro de tantos. Presente, sempre nas rodas de conversa, nos abraços de verdade e Jean falou com muito respeito, lembrando de Marinês, a esposa do Claudinho, do irmão, das irmãs… e, claro, daquele filho/filha mais velho que também sente a ausência como se fosse perda de um pai, porque Claudinho foi isso também: pai, irmão, conselheiro.
A semana não foi fácil. A sessão também não. Na fase dos discursos, voltamos ao roteiro já esperado: reclamação de mato alto. Claro, né? Choveu, o mato cresce como fermento. E se chove, o trabalhador não pode ficar roçando de guarda chuvas, é isso que dá, um momento do ano que precisamos ter mais paciência com esse tipo de serviço.
Mas teve boa notícia também: Léo Pereira anunciou que mais um trator está chegando pra Vila do Riacho, e dessa vez com função estendida — vai atender também o assentamento, Comboios, Bairra e Vila do Riacho e, quem sabe, até mais distritos.
Adriana Guimarães pegou o microfone pra explicar os projetos em pauta. Parece óbvio, mas não é. Ela pontuar cada matéria, como o Ex vereador Roberto Rangel, sempre fez, principalmente para quem acompanha pouco e chega sem entender nada. A verdade, parafraseando Lavoisier: “Nada se cria, tudo se transforma” é uma frase atribuída a um químico francês que no jargão popular se diz que “Nada se cria, tudo se copia”
Foi votado o reajuste de 5% para os servidores, que o sindicato aceitou o que foi proposto pelo prefeito que, além de percentual, foram oferecidos direitos que estavam sendo negligenciados.
Houveram muita conversa com o poder executivo e o legislativo. Poderia ser mais? Claro, mas é inegável o salário em dia e outras coisas que não foram ditas e pelo valor que onera, logo, quem tem pés no chão, não vende terra no céu!
Mas Aracruz, lá teve um sindicalismo e militância mais forte. Hoje, parece que falta briga, profissionais presentes.
E os cargos votados nessa mesma sessão? Ah… os cargos. Sempre rendem! Outra pauta quente da noite foi o aumento dos assessores parlamentares. Com o crescimento acelerado essas nomeações se fez necessário. Agora, serão mais 2 por gabinete.
Mas, recebendo dois cargos, dessa vez, Adriana se posicionou a favor.
Com mais gente, a ideia é que o trabalho seja descentralizado, mais próximo da comunidade. Não demorou e a polêmica apareceu: Na saída da sessão, um militante conhecido da cidade, desses que todo mundo reconhece de longe, foi cobrar Adriana. A abordagem foi no susto — não esperava. E ela, claro, não recebeu bem. A conversa esquentou. O cidadão disse que ela estava legislando em causa própria. Que aquilo não combinava com o discurso que ela sempre fez. Ela rebateu: “ sobre estar do lado certo”.
Mas, cá entre nós, isso aí é muito subjetivo. O certo de um é o erro do outro. Do palanque ao rompimento? Só o tempo vai dizer. Adriana, que no passado caminhava com o prefeito Dr. Coutinho, hoje se coloca como “o – posição de consciência”. Diz que não está rompida, mas sim do lado da coerência sem muita coerência, como no caso do “Cabide de empregos declarado por essa e sessão).
Sorria no palanque de Alcântaro, mas hoje diz que vota com base no que acredita. O voto nos cargos foi sim a favor. Isso é fato. A motivação, cada um que interprete.
Presenças ilustres, ou quase Na plateia, tivemos o secretário responsável pelo trânsito da cidade — que ainda precisa de muita reorganização e está acontecendo em meio as obras que não param —, além do Dr. Luan Moro, que tem trabalhado com afinco pela saúde mental e saúde basica de Aracruz. Rodney, um lutador constante da Orla, E claro, o povo da imprensa também marcou presença.
O Folha Aracruz, esse jornalzinho teimoso que circula com independência na cidade (e que você está lendo agora), esteve lá para fazer o que sempre fez: acompanhar, questionar, registrar. Ah! A PM também estava presente, garantindo a segurança do plenário — porque política em Aracruz às vezes esquenta, mas não pode ferver demais. No mais… A política local está mudando. Aracruz cresce, se transforma, e com isso, vem mais demandas, mais olhares, mais pressões.
A ZPE que fica Localizada na Imetame Logística está aí, o mercado imobiliário já virou um caos, e a cidade atrai empresas progressos e desafios. E com tudo isso, cresce também a responsabilidade de quem legisla. Saúde legislativa é isso: votar com consciência, sim, mas também saber explicar, escutar, justificar. E às vezes, até engolir sapo. Porque quem escolheu estar ali, escolheu também ser cobrado. A próxima sessão promete. E você já sabe onde vai ler, né?

Profissional de jornalismo e comunicação com forte experiência em marketing político e estratégico, consultoria legislativa e assessoria jurídica. Com experiência em criação de conteúdo.